Ao ver a admiração crescendo em seu rosto, ele tratou logo de acalmar
os ânimos e cortar qualquer expectativa tola que pudesse nascer dentro
dela.
- Ei, não se engane... - Disse ele, reprimindo-a com seu
tom inflexível e indiferente de sempre. - Apenas porque escrevo sobre
sentimentos não significa que eu os tenha ou os sinta.
A ela, restou esboçar um sorriso amarelo e amargar aquele gosto estranho que sempre surge após uma verdade inconveniente ser dita ou uma intenção oculta ser descoberta.
Poetas, como ela viria a descobrir, não eram mágicos, anjos ou seres iluminados. Poetas eram meros poliglotas egoístas de sua própria língua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário