Hoje é domingo, e eu quero te ver de novo.
De todos os últimos beijos que demos, nenhum foi de despedida.
Os abraços, tão certos para selar decisões, limitaram-se a deixar aquela velha e conhecida sensação de que nunca termina.
O silêncio no carro.
A garoa na rua.
O cheiro na roupa.
Algumas horas dentro da madrugada são suficientes para transformar o que deixamos pelo caminho em pequenas armadilhas.
E a tentativa fracassada de diluir anos em dias, serve apenas para reforçar o que já nos é bem sabido.
A razão não se omite.
Temos ferramentas, truques e técnicas.
Temos razões, motivos e fatos.
Temos desculpas, se for necessário.
Mas a vontade não dá ouvidos ao que é sensato.
Quem parte, deve saber o que carrega na mochila, pois o que é bonito também pesa, sejam lembranças, fotos ou roupas novas.
Temos que aprender a jogar fora.
Esse é o problema.
Aliás...
O problema é que hoje é domingo, e eu quero te ver de novo.
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