sábado, 20 de abril de 2013

Sinceramente

No que tange ao dito amor,
Todos querem ser marcados a ferro.



Tal como para o gado,
Estúpido, cabisbaixo e fustigado,
A liberdade é o descaminho.

A confiança não se aplica
A quem precisa de grilhões e cabrestos
Para se sentir seguro.



A dor e a asfixia,
Para a maioria dos amantes,
São sinônimos e provas do amor.

Pois a sinceridade,
Quando imersa na neblina dos sentimentos,
É nada além de descaso.



O ciúme que deixa de sentir,
Um dia te trairá.

E a solidão será, senão, mera consequência
Do enojante sentimento de posse
E do controle que nunca existiu.



O desapego,
Ainda que com sentimento
E pleno de boas intenções,
É tão venenoso e categórico
Quanto a própria traição.

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