Em cada esquina, um fantasma
De eras passadas.
De tempos idos.
São medos antigos
Em forma de sombras.
São medos tangíveis,
Sensíveis
E tocantes.
O vento sopra frio e carregado
De verdades sussurradas.
Talvez o tempo,
Cobrando seu preço...
Talvez o preço
Do tempo perdido...
Em cada esquina, um passado,
Imediatamente relegado
A cada nova rua percorrida.
E em cada muro,
No vazio do branco,
O mesmo verso escrito.
Algum poeta anônimo,
Sabedor da dor alheia,
Gravou, em letras escuras,
Uma sentença tão certa
Quanto assustadora:
"Dos restos incompletos
De caminhos sem destino,
Nascem os mortos
E seus fantasmas."
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