quarta-feira, 5 de março de 2014

Em Paz

Deixou de pedir um abraço,
Pois não queria ser fraco.

Acabou morrendo sozinho...

Em sua lápide,
No frio e lustroso mármore,
Aquilo que ninguém leria
Mais de uma vez.

Aquilo que alguns não leriam,
Sequer, uma única vez.



Deixou de viver,
Com medo do que viria amanhã.

O amanhã, por sua vez, acabou não vindo...

Em sua lápide,
No frio e lustroso mármore,
Uma eternidade, longe de ser a sua,
Eternamente gravada.



Em suas palavras,
Se o tempo houvesse permitido,
Teria dito:

"A vida decide por quem se demora a decidir..."

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