Dizia que estar com ela era estar em paz. Era experimentar um silêncio que as vozes em sua cabeça há tempos já não lhe permitiam.
Ficar sozinho tornou-se insuportável, mas não pela solidão em si, pois, constantemente esmagado por seus pensamentos, jamais conseguia estar só.
Ela era a calma. O instante quieto que precede o sorriso. O suspiro de alívio que precede o abraço. O fechar de olhos que precede o beijo.
Ela era a neutralidade entre os polos. Era a cabana frágil e indestrutível que acolhe quem foge da tempestade. Era quem ele seria, se ele não fosse quem acabou sendo.
Ela era, para ele, a cura de si mesmo.
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