Que vivam de amor e firulas
Os que disso puderem viver.
Os que disso puderem viver.
Mas se verde-escura for minha chama,
De raiva amarga e ressentida,
Que assim seja
E muito será bem vinda.
Há quem pregue a falsa modéstia
Ao dizer que a beleza é supérflua,
Tendo sido sempre belo.
Há quem despeje a falsa humildade
Ao dizer que dinheiro e felicidade
Não são faces da mesma moeda,
Sem jamais ter saído do próprio castelo.
Aos que cantam lamúrias inexistentes
E gemem dores que nunca sentiram,
Deixo meu riso de escárnio.
Pois enquanto sorriem mentiras
A todos e a si mesmos,
Ao menos meu rancor é sincero.
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